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quinta-feira, 29 de março de 2012

Como ajudar o meio ambiente com dicas práticas em casa


Existem inúmeras práticas simples feitas dentro de casa que, em longo prazo, podem beneficiar o meio ambiente. É preciso mudar hábitos de consumo, a forma de lidar com o lixo e a alimentação. Costumes corriqueiros aparentemente inofensivos são capazes de gerar danos enormes, atacando também a qualidade de vida.
“A conscientização precisa ser maior para que o planeta fique mais equilibrado, mas já melhorou muito. Sou otimista e acredito que, a cada dia, duas ou três pessoas passam a tomar novas atitudes até se tornarem maioria no futuro”, afirma Rafael Monico, professor em Gestão de Meio Ambiente e e gerente do Instituto Triângulo.

Lixo

A cozinha é um lugar onde muitas ações podem ser transformadas, começando pelo lixo. É comum ver quatro cestos coloridos para receber materiais diferentes: plástico, metal, papel e vidros – num quinto, tudo que for orgânico é depositado. Adaptando para um espaço limitado e a realidade do cotidiano, a solução são lixeiras bipartidas: um lado destinado ao lixo seco e outro, ao úmido. É importante que, para ser jogado no primeiro, o material não tenha resquícios de óleo, nem água. “Se os vizinhos também quiserem reciclar, existe a possibilidade de chamar uma cooperativa para buscar o material”, lembra. Para verificar o ponto de coleta seletiva mais próximo, visite o site da Rota da Reciclagem.

Óleo

O óleo usado para fritar alimentos também é outro grande problema, que, na verdade, é extremamente simples de resolver: em vez de despejá-lo ralo adentro, é só entorná-lo numa garrafa PET e fechar – assim, não vaza e evita mau cheiro. Se não tiver tempo para levar em algum dos 1.060 pontos de troca na cidade de São Paulo, não tem problema deixar perto do lixo úmido que será recolhido na rua. Depois que for levado ao aterro sanitário, ele é encaminhado para um desses pontos. “O óleo pode ser convertido em biodiesel ou sabão em pedra”, conta Rafael.
O simples ato de derramar óleo na pia gera consequências catastróficas: entope o encanamento e retém todos os resíduos de alimentos, atraindo ratos, baratas e outros insetos indesejados. Assim como o azeite, o óleo também é um conservante natural, o que dificulta ainda mais o processo de decomposição desses restos. O prejuízo vai mais além: ele atinge a tubulação pública e os rios da cidade, que se tornam impermeáveis.
“Forma-se uma película por cima da água que impede a penetração dos raios solares para que o fitoplâncton realize a fotossíntese, garantindo o oxigênio da água. Como isso não acontece, a energia do sol volta para a atmosfera e o rio morre”, ensina Rafael. Não existe nenhum rio vivo na região metropolitana de São Paulo, apenas parte das represas de Guarapiranga e Billings.

Cloro

Ao fazer faxina, o cloro deve ser substituído por vinagre – é proveniente da uva, portanto, biodegradável. “Exerce exatamente a mesma função sem ser um produto de limpeza tóxico. Muita gente não sabe, mas o cloro em contato com a água é ácido, levando à morte de peixes”, alerta.

Água

É difícil ter noção de quanto se gasta, em média, durante um banho de dez minutos, na preparação de alimentos ou na lavagem da louça. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), uma pessoa precisa de 180 litros. Para a situação não ficar ainda mais assustadora, atitudes pequenas, que até parecem bobas, ajudam muito: fechar a torneira ao escovar os dentes e o chuveiro enquanto se ensaboar. “Fechando a torneira ao lavar a louça numa casa em que moram quatro pessoas, é possível economizar 18 litros. Essa quantidade enche até oito baldes”, compara.

Pilhas e baterias

Drogarias, supermercados e diversos estabelecimentos comerciais recebem pilhas e baterias, que são cheios de elementos químicos ácidos altamente prejudiciais à natureza. Se jogados na terra, podem poluir o lençol freático usando a chuva como veículo. Depois de levados a pontos de troca, viram tinta para azulejo; a chapa metálica, feita a partir de alumínio, é reciclada. Uma saída é adquirir baterias recarregáveis, que duram até seis meses quando usadas constantemente.

Energia

Lâmpadas econômicas, além de mais duradouras, conseguem reduzir de 40% a 50% o custo de energia no fim do mês. Eletrodomésticos em stand-by, que ficam com os LEDs ligados, devem ser desplugados. “Para evitar que fiquem ligados frequentemente, use uma régua de tomada para desligar todos os aparelhos de uma vez”, aconselha. Seja aquecedor, televisão ou micro-ondas, é importante verificar se vem com o selo do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL) e qualidade assegurada pelo Institudo Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO). Uma dica para o verão é preferir o ventilador, que não causa impacto nenhum ao meio ambiente, ao ar condicionado, que gasta mais energia e exige manutenção.

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